A COR DA ROMÃ

Joga no abismo aquilo que tens mais pesado!

Homem, esquece! Homem, esquece!
Divina é a arte de esquecer!
Se sabes elevar-te,
Se queres estar em casa nas alturas,
Joga no mar aquilo que tens de mais pesado!
eis o mar, joga-te no mar
Divina é a arte de esquecer

Nietzsche

domingo, 3 de janeiro de 2010

é onda do mar

a palavra

sem que os dedos obedeçam a diversa teia de intençoes, brota neste veículo o frenesi da confusão
hoje me encontro num esvasiamento dos dedos
esvasiamento do peito
da palavra
como num exercício de repetir
ensaio aqui algumas soltas
outras enrraizadas palavras que teimam em habitar meu discurso
para esse novo ano.. terei primeira a função de esvasiamento
pra encher-me de novas poesias que encontram retidas em meu inconsciente
formas abuntes de cargar e memórias
remanescência de palavras que aind não tive acesso
como uma criança qu experimenta com a mão e depois leva a boca o objeto desconhecido
até dominá-lo
forma, peso, sabor, e depois... bem depois ... a função de estar ali fazendo parte de seus objetos e imagens de fixação...

primeiro vem a experimentação... depois o devaneio... as vezes vejo no devaneio a vontade condeçada exigindo o apego... o toque... a materialização da não matéria

nesses reflexos da imaginação que sempre abre a porta da experimentação
me fecho numa caixa de vidro, um caixão que me permite ver de dentro pra fora, e de fora pra dentro

para frente vem de traz



foto de Giovani

modelagem corporal in modo perpetuo